Como pode a música fazer sentido para um ouvido e um cérebro que
se desenvolveram com a finalidade básica de detectar os sons da natureza a fim
de proteção, detectando o som do leão que se aproxima, ou o rastejar de uma
serpente? O sentido da audição tem 300 milhões de anos, a música existe apenas
há um centésimo de milésimo desse período. O que torna belo o som de uma
melodia feita por um violino bem afinado, ou o solo de uma flauta? Por que um
acorde é “grande”, “feliz” e outro “triste”, “angustiado”? Como determinados
sons podem ser belos a alguns ouvidos e terríveis a outros? Por que alguns
indivíduos não conseguem ficar sem a música e outros são totalmente indiferentes?
E por que, entre bilhões de cérebros, só alguns são capazes de criar a música
do êxtase?
Essas perguntas não são novas, nós as encontramos em Platão , Kant , Nietzsche. No entanto, foi apenas por volta do século passado que os cientistas resolveram levar a música para seus laboratórios com o intuito de verificar tais acontecimentos.
Essas perguntas não são novas, nós as encontramos em Platão , Kant , Nietzsche. No entanto, foi apenas por volta do século passado que os cientistas resolveram levar a música para seus laboratórios com o intuito de verificar tais acontecimentos.
O Ouvido
Tenha cuidado com o que você chama de ouvido. A parte externa do
ouvido, ou seja, a massa elástica de protuberâncias e dobras (a orelha), é
apenas um dispositivo para canalizar o verdadeiro ouvido – o interno - , que
fica profundamente instalado em sua cabeça. A orelha é chamada de “pinna”,
palavra latina que significa pena e sua principal tarefa é de ampliar o som ao
vertê-lo no canal do ouvido (este tem em média dois e meio centímetros de
profundidade).
A música entra pelas orelhas, passando pelo canal do ouvido até chegar ao tímpano, instalado no final desse canal. Até este ponto, o som viaja em forma de ondas de pressão através do ar, após bater no tímpano, prosseguirá seu caminho com movimentos mecânicos.
Logo além do tímpano, está o ouvido médio onde três ossos com formas estranhas, os ossículos, estão presos a ligamentos de modo que o tímpano empurra o primeiro, denominado martelo, que esbarra no segundo, a bigorna e este, dá um puxão no terceiro, o estribo, jogando o som para dentro de uma abertura que leva ao ouvido interno, cheio de fluido, onde os neurônios (células nervosas) estão à espera dele.
Quando você fala ou canta, o som viaja não apenas de seus lábios para suas orelhas, mas também diretamente por sua cabeça, até chegar ao ouvido interno. De certo modo, você escuta a si mesmo duas vezes, uma pelo canal do ouvido e a outra, pelos ossos da cabeça. O transporte do som pelos ossos torna o som mais alto do que seria de outra forma e muda o conteúdo da receita sonora (a freqüência).
Isso explica por que não reconhecemos nossa própria voz numa gravaçãoem fita K 7. Essa gravação contém parte da voz que
você escuta.
A música entra pelas orelhas, passando pelo canal do ouvido até chegar ao tímpano, instalado no final desse canal. Até este ponto, o som viaja em forma de ondas de pressão através do ar, após bater no tímpano, prosseguirá seu caminho com movimentos mecânicos.
Logo além do tímpano, está o ouvido médio onde três ossos com formas estranhas, os ossículos, estão presos a ligamentos de modo que o tímpano empurra o primeiro, denominado martelo, que esbarra no segundo, a bigorna e este, dá um puxão no terceiro, o estribo, jogando o som para dentro de uma abertura que leva ao ouvido interno, cheio de fluido, onde os neurônios (células nervosas) estão à espera dele.
Quando você fala ou canta, o som viaja não apenas de seus lábios para suas orelhas, mas também diretamente por sua cabeça, até chegar ao ouvido interno. De certo modo, você escuta a si mesmo duas vezes, uma pelo canal do ouvido e a outra, pelos ossos da cabeça. O transporte do som pelos ossos torna o som mais alto do que seria de outra forma e muda o conteúdo da receita sonora (a freqüência).
Isso explica por que não reconhecemos nossa própria voz numa gravação
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